Aos 12 anos, Junior começou a trabalhar no lixão de Natal vendendo ‘din-din’
e começou a notar que os catadores estavam ganhando dinheiro, foi aí que
resolveu virar catador.
“Eu catava lixo de manhã, depois ia para a escola, mas não contava a ninguém
que eu era catador de lixo”, fala Junior da vergonha em se assumir catador,
“pois não era muito bem visto na época”.
Ele trabalhou no lixão até os 18 e quando concluiu o ensino médio, resolveu
realizar seu sonho em entrar nas Forças Armadas, mais especificamente na
Aeronáutica. “Quando foram me cadastrar na Aeronáutica perguntaram o que eu
fazia, disse que era catador, mas eles colocaram autônomo”, relata Junior que
serviu por três anos à Aeronáutica.
Junior só foi voltar ao lixão quando em 99 a Unicef criou o programa Criança
no Lixo,Nunca Mais, e para se adaptar ao programa das Nações Unidas, a
prefeitura de Natal resolveu fechar o lixão.
Em Natal, existe a Associação
de Catadores de Material Recicláveis (Ascamar), fundada por Severino Lima
Junior, em 17 de abril de 1999, que se tornou o primeiro presidente e porta-voz
dos catadores.
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